Fruto do infinito amor de Deus, todo catequista é escolhido a mão pelo nosso Senhor para ajudar a sua Igreja na missão da evangelização, missão esta que não é um trabalho externo ou algo para ser visto pelos outros, mas o catequista, a partir do momento que dá o seu sim ele sempre será em primeiro lugar um catequista, e toda sua vida deve girar em torno desta missão.
Muito mais que uma simples escolha, o sim do catequista se compara com o sim que Nossa Mãe Maria deu ao Arcanjo Gabriel, pois da mesma maneira em que Deus escolhe e manda o seu Espírito Santo para realizar em sua humilde serva grandes coisas, assim ele faz com cada catequista, de uma comunidade de fé. Deus olha para os seus filhos e dentre eles seleciona aqueles na qual quer enviar uma de suas maiores graças para um ser humano, que é, além de dar a graça de conhecer mais profundamente o seu amor, mas também difundir este sentimento entre aqueles que se aproximam e necessitam deste amor.
Porém é importante dizer que o catequista, não entra na catequese conhecendo tudo sobre Deus, até mesmo porque o que se sabe de Deus é somente aquilo que Ele mesmo quis que soubéssemos Dele, ou seja, seria o mesmo que tentar colocar toda a água do mar dentro de um copo, não temos esta capacidade, mas Deus dá aquilo que é necessário para a conversão e entendimento diário do catequista e com este subsídio a possibilidade de ensinar os outros.
Ou seja, não é apenas ensinar como se fosse uma aula qualquer de religião, para o catequista, a sua maior preocupação deve ser aprender, e viver a doutrina viva da Santa Igreja católica. Pois ninguém consegue ensinar aquilo que não vive e/ou ama. É este o maior segredo dos santos, pois eles aprenderam a amar tanto ao nosso Senhor que eles decidiram viver aquilo que a Santa Igreja prega.
Este amar e fazer deve ser vindo de uma decisão gigantesca de mudança pessoal, pois este missão não é simples como falamos anteriormente, mas o chamado para esta missão é feito para que o catequista atinja um único alvo que é a santidade. Ou seja, se você é catequista, é porque Deus o chamou e se Ele o chamou, é porque Ele o ama e o quer no Céu junto com Ele.
Sentir-se abraçado pelo amor, e ter a certeza que foi escolhido por Deus faz o catequista ser uma pessoa diferente na sociedade e exige atenção em pontos onde há falhas no âmbito da fé, pois é de extrema importância que o catequista deixe-se envolver pelo amor do Senhor, para que aquele que o escolheu, para esta nobre missão, possa o conduzir pelos caminhos corretos, pois é do grande amor de Deus que brotam as graças necessárias, onde elas fazem com que as almas pulsem no mesmo ritmo, em que bate o coração de Cristo, e, se deixando ser atingido por este amor, quem sabe um dia o catequista poderá falar: “não sou eu mais que vivo, mas Cristo que vive em mim”, e com isso, sentir ecoar ainda mais forte dentro da alma a necessidade de mostrar, falar, ensinar a outras pessoas aquilo que é realmente sentido e vivido.
Pois, ser catequista é amar a Deus em primeiro lugar, é amar a Igreja que foi fundada por nosso Senhor, e depois disso, mesmo com todos os problemas, amar também as pessoas que lhes são confiadas da mesma maneira que Jesus nos amou.
Que Nossa Senhora, Mãe de Deus e Rainha do Céu, possa ser sempre exemplo de vida e santidade para todos os catequistas, e que do Céu, através de sua intercessão, muitas bençãos e graças possam ser enviadas por Deus para todos os catequistas.
Por Gustavo Moreira Pinto - Catequista de Iniciação Cristã de adultos, secretário de catequese da Paróquia São Pedro e São Paulo