Na quarta-feira, 14 de fevereiro, a paróquia São Pedro e São Paulo celebrou às 20h Santa Missa das Cinzas, presidida pelo pároco padre Carlos Eduardo.
Pela manhã também foi celebrada uma missa, de forma que todos tivessem oportunidade de participar neste dia de preceito.
O sacerdote em sua homilia contou que no início do cristianismo essa liturgia era celebrada para os catecúmenos, aqueles que pediam o batismo na Igreja, que deveriam a quarenta dias antes da Páscoa, de serem batizados, fazer essa penitência pública e iniciavam um itinerário de preparação para entender o que é ser cristão, o que é ser batizado. Depois este dia de penitência foi instituído para toda a Igreja, para todos os batizados, de forma que todos se voltem para Deus.
“As cinzas sobre as nossas cabeças não são algo de superstição, as cinzas sobre nossas cabeças querem dizer: Convertei-vos e Crede no evangelho”, explicou o padre.
Padre Carlos ainda completou: “Somos pó, e ser pó significa que sem Deus não somos nada. Ele nos deu a vida e um dia irá nos chamar para si, desse corpo mortal restará somente pó e nossa alma estará com Deus”.
“Precisamos nos arrepender de nossos pecados, nos voltar para Deus de todo coração com orações, jejum e penitência”, indicou ainda o sacerdote.
E padre lembrou que no antigo testamento o povo de Israel peregrinou 40 anos rumo a terra prometida, e no deserto tiveram que sustentar a escolha por Deus, frente a escolha por outros deuses. Adoraram o bezerro de ouro, reclamaram contra Deus, passaram sede e fome para entender que dependem de Deus. Um povo de cabeça dura que precisava se converter.
“A nossa luta será contra os ídolos desse mundo, que estão aí o dinheiro, poder, prazer, as coisas fáceis que se consegue, as tentações que irão aparecer. Temos que escolher a Deus a cada dia. A quem você que servir? Não podemos servir a dois senhores”.
“Precisamos entender as armas que Deus dá para a fé, as obras da quaresma oração, penitência, jejum e a esmola”.
O padre exortou o povo a abandonar a preguiça de ir na missa, utilizar os celulares de forma edificante através do católico orante, a liturgia diária para meditar a palavra de Deus e drixar de lado aquela meia hora ou duas horas qur se perde no facebook. Indicou também que através do jejum temos que dizer “Senhor eu posso ter equilibrio sobre o uso das coisas, sobre comer, beber, uso tecnológico. Eu não quero ser escravo dessas coisas, eu quero usar com temperança, justiça e para o meu bem, não para o mal”, isso de forma a limpar o homem velho, as manchas do pecado e as suas feridas.
“Após receber as cinzas hoje, se não viver a quaresma seriamente então essas terão sido apenas superstição, se não rasgar o coração antes que as vestes, as cinzas cairão sobre nossas cabeças mas nosso coração não estará se empenhado seriamente para a conversão”, completou.
O pároco convidou o povo a refletir “Qual será o empenho vou ter para vencer a mim mesmo, para que Deus seja Deus em minha vida?” E disse que “a penitência maior na quaresma talvez seja suportar nossos irmãos, tornar a vida dos outros mais agradável, agir com mais caridade ao falar”.
Por fim o padre indicou que é necessário buscar a reconciliação com Deus, consigo e com o irmão, indicou as oportunidades que há paróquia de buscar o sacramento da confissão.
“Eis o tempo favorável, se ouvirmos a voz do Senhor nosso Deus não endureçamos nosso coração. É um tempo de graça, de conversão”
Por Douglas Silva - Pascom Pedro e Paulo