A JMJ pode “ser resumida na palavra União”

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A jovem Karina Santas resumiu a Jornada em apenas uma palavra, em sua fé de acreditar que a Igreja Católica é Una e vive na unidade do Corpo de Cristo.

“Pois mesmo que a Igreja seja discriminada, mal compreendida, mesmo que possamos perder fiéis para o mundo ou para outras ‘religiões’, havendo a mesma união que foi vista naquela praia, todo aquele povo clamando, pedindo a unção do Espírito Santo, nada e ninguém calará a voz do Senhor”.

E que assim se cumpra a palavra do Senhor que nos diz que as portas do inferno não prevalecerão sobre a Sua Igreja.

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Mas claro que essa fé e comunhão só foi fortalecida após aqueles dias em que o Pastor abraçou às suas ovelhas. Até então ela era uma menina “bastante ‘retraída’, porque mesmo tendo certeza que eu estava, estou, no caminho certo é difícil impor uma opinião quando todos dizem que você está errado, é difícil ser o peixe que nada ‘contra’ – para eles seria contra, para nós é a favor – eu não conseguia bater o pé e me impor sobre assuntos como imagens, nossa mãezinha Maria, entre outros assuntos que a maioria das pessoas que eu convivo não compreendia, e alguns ainda não compreendem, no serviço também sempre fui ‘neutra’”.

Mas a também catequista precisava primeiro levar o evangelho a sua casa, e era justamente nesse ambiente que a sua dificuldade era maior. “Se é difícil nadar ‘contra’ entre amigos de faculdade e do trabalho, imagine em casa, foi uma luta! Meus familiares chegaram a me perguntar se eu queria ser freira, é complicado bater de frente com as pessoas que mais se ama”.

Ela participou apenas dos três últimos dias do evento, só que o suficiente para sentir um ânimo em anunciar a Cristo em todos os ambientes.

“Comecei a defender a minha fé, e principalmente a Virgem Maria Santíssima, não me calo diante calúnias, aprendi a discernir o que é conviver com a opinião e a conviver com a pessoa que tem certa opinião, que são situações totalmente diferentes. Tento trazer Cristo para dentro de casa por meio de ações, não por meio de brigas como fazia antes, afinal, um ato vale mais que mil palavras!”

Para viver aqueles dias de mudança em sua religiosidade, não foi fácil. “Eu já havia feito as contas e financeiramente não teria como eu ir”. Ela desanimou? Não! Uma grande chance apareceu, um outro catequista, o Fabiano, fez um sorteio em que o prêmio seria pagar a taxa de inscrição da Jornada, o nome da pessoa vencedora tinha a segunda letra do nome A, e as últimas N e A. Foi ela!? Não! Foi a Mariana! Desistir? Nunca! “Então lembrei de uma das homilias do pe. Carlos em que ele dizia que ‘a juventude não pode ser vencida pelo encardido, que os desejos de Deus sempre prevalecem’, e tomei a decisão de rever minha situação financeira, me privei de várias vontades, de comprar algumas coisas que para mim seriam importantes naquele momento, mas pensando bem eu poderia comprá-las em outra hora, e foi assim de corte em corte que consegui o dinheiro”.

Tinha o desejo, tinha como ir, tinha com quem ir, tinha o dinheiro, o que mais lhe impediria? Tudo estava certo, então #partiuJMJ…
“Mal sabia eu que o mais difícil seria conseguir a permissão do meu pai super protetor e preocupado. Ensaiei por semanas na frente do espelho como eu iria pedir para ele para ir para ‘a cidade maravilhosa’, ou ‘cidade perigosa’ como diz ele até hoje. E parece que nessas horas o encardido aperta porque nessa época na TV só passava coisas horríveis sobre o Rio de Janeiro, até que tomei coragem e pedi, e ele no início da conversa ficou mudo, mas no final disse que sim!”

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A Ka que sempre viu a Igreja como sendo a mãe e o Papa como o pai, e os fiéis como os filhos de uma grande família que não conhecem a todos, agora estava no Rio de Janeiro, e teve a “surreal sensação de se sentir em casa no meio de um monte de gente desconhecida, de outros países, culturas. Uma coisa é descrever em números a multidão de católicos, outra coisa totalmente diferente é ver uma multidão daquela em uma praia ajoelhada, em silêncio, enquanto o Santo Padre Papa Francisco erguia o corpo santo de Cristo!”

“A maior mudança que ocorreu na minha vida após a Jornada foi, sem dúvida, a minha proximidade para com Deus, eu não tinha um diálogo muito aberto com Ele, não pensava que ele poderia me ajudar tanto nas causas de morte, como nas causas do dia a dia, como ânimo em provas da faculdade, conselhos que dava para amigas, cansaço no serviço, pensava que Deus estava muito ocupado resolvendo problemas mais sérios de outras pessoas, que eu seria errada em pedir ajuda mesmo nas pequenas dificuldades, hoje louvo e adoro ao Senhor por tristezas e alegrias, entrego em suas mãos todas as minhas aflições e sei que Ele me escuta, independente do tamanho do problema, Ele sempre está comigo.”

No seu trabalho pastoral, ela se firmou “mais na Catequese e passei a auxiliar no Crisma, agora já tomo a palavra para falar com os crismandos, é muito bom ver que suas palavras podem surtir um efeito bom sobre a vida das pessoas”. Karina ainda percebe que “os jovens [ela fala aqui especificamente dos da nossa paróquia] se mobilizaram e criaram um grupo de missões, saímos das igrejas anunciando Jesus, como aconselhou o Papa”.

E veja que linda mensagem ela nos deixa…“Depois da Jornada eu sentia – e sinto – como se o Vaticano fosse aqui do lado, sentir a proximidade do Papa em minha vida foi fantástico”.

Sintamos nós também!

 

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Por Rômullo Dawid - Pascom Pedro e Paulo