“Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!” (Is 49,15)
A existência e a dedicação da mãe é de tal maneira importante, que o profeta Isaías apresenta ternura de Deus para com a humanidade através de sua figura. Zelosa e toda entregue aos filhos, as mães foram, durante muitos séculos a força educativa dentro da família. Eras as mães que ensinavam desde as coisas mais básicas da vida, até as mais complexas. Junto aos pais, formavam as colunas sobre as quais sustentava-se a família.
Por que falo no passado? Porque o mundo tem se transformado e tenta mudar essa verdade da vida, que é a importância da mãe dentro do lar. Hoje, a mulher conquistou muitos espaços. Há mulheres que continuam trabalhando nos hospitais e nas escolas; nos escritórios elas ganharam notoriedade e hoje são gerentes, diretoras, CEOs… Na política temos deputadas, senadoras e presidente da república. Há juízas, promotoras de justiça, advogadas… Há também motoristas, azulejistas e pedreiras, ajudantes e marceneiras. Tudo! Mulheres em todos os lugares. Mas e o lar?
Ainda existem mulheres que se dedicam ao lar como opção de vida. Ser mãe é mais que um emprego, é uma vocação e uma missão. Poder acompanhar as etapas da vida dos filhos e dar a eles a atenção necessária para que possam desenvolver-se não é tarefa fácil, nem tampouco bem remunerada, principalmente porque a maioria das mulheres-mães que trabalham, o fazem para ajudar no orçamento doméstico. Mas quando elas têm a oportunidade de escolher e fazem a opção pelos filhos e pelo lar, há um ganho incalculável para a família. Somos a favor da possibilidade de que as mulheres possam passar mais tempo com os filhos. Que possam ter um período maior para poder orientar, educar, brincar, alimentar, dar carinho e atenção. Que possam ter a opção de deixar temporariamente o mundo profissional para dedicarem-se aos filhos e poderem voltar quando eles estiverem mais preparados para a vida. Que a mulher-mãe possa ser manos prejudicada naquilo que para ela é a maior graça de Deus: ser mãe.
Por Rita e André Kawahala
Este texto faz parte da seção Sagrada Família do novo Boletim Pedro e Paulo