Comunicação
A Pastoral da Comunicação (Pascom) surgiu em resposta à urgente necessidade da Igreja em utilizar e evangelizar os meios de comunicação social. Sua pedra fundamental é a carta encíclica Miranda Prorsus (Os maravilhosos progressos), escrita pelo papa Pio XII, em 1957.
Esta é uma pastoral específica dentro da Igreja, com orientações e documentos do Vaticano e do Pontifício Conselho para as Comunicações, que se ocupa dessa missão. Atualmente, em nível de CNBB, a Pascom se situa na Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação Social.
Os bispos do Brasil definiram a Pascom como a pastoral do ser/estar em comunhão/comunidade. É a pastoral da acolhida e da participação, das inter-relações humanas, da organização solidária, do planejamento democrático, do uso dos recursos e instrumentos que facilitem o intercâmbio de informações e manifestações das pessoas no interior da comunidade e da sociedade.
A Pascom é chamada a ser ‘integradora’ das pastorais. Neste sentido, ela tem características próprias: a integração no interno da Igreja, entre as pessoas, e no externo, entre as pastorais. Ela não se sobrepõe às demais pastorais, mas trabalha a visibilidade interna, envolvendo todas e proporcionando-lhes o conhecimento da realidade; externamente, divulga as ações para a sociedade.
Ainda, o trabalho dos meios de comunicação católicos não é só uma atividade complementar que se vem juntar às outras atividades da Igreja: a comunicação social tem, com efeito, um papel a desempenhar em todos os aspectos da missão da Igreja. Não é suficiente, também, ter um plano pastoral de comunicação, mas é necessário que a comunicação faça parte integrante de todos os planos pastorais, visto que a comunicação tem, de fato, um contributo a dar a qualquer outro apostolado, ministério ou programa.
Na Conferência de Aparecida, os bispos reconheceram que muito foi feito no campo das comunicações, mas que a Igreja da América Latina ainda está muito aquém do satisfatório: na evangelização, na catequese e, em geral, na pastoral, persistem também linguagens pouco significativas para a cultura atual e em particular para os jovens. […] As mudanças culturais dificultam a transmissão da Fé por parte da família e da sociedade. Frente a isso, não se vê uma presença importante da Igreja na geração de cultura, de modo especial no mundo universitário e nos meios de comunicação social.
Dessa forma, seguindo profundamente a evolução do pensamento da Igreja, expresso em seus documentos, não há dúvidas sobre o crescente interesse, incentivo e insistência para que não somente se desenvolva uma pastoral da comunicação, mas também se providencie formação adequada para o seu exercício.
Horário:
1º Domingo do mês após a missa da manhã na Matriz.